Nos dias 6, 7 e 8 de junho, Belém sediará a II edição do Sigema - Seminário Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas do Estado do Pará. O evento terá entrada franca e contará com representantes de mais de 10 países, 20 estados e 40 municípios, produtores, especialistas, estudiosos e autoridades na área. O público poderá participar de cursos e palestras, além de conferir exposição e venda de produtos das indicações geográficas e marcas coletivas; vendas de comidas típicas e pratos especiais da gastronomia paraense; cozinha show e apresentações culturais.
O Seminário Internacional é uma iniciativa do Governo do Estado, em preparação para 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), com a parceria de mais de 45 instituições, sob a responsabilidade e coordenação do Fórum de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas do Pará, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap/PA).
A coordenadora do Fórum de IG e MC e engenheira agrônoma da Sedap, Márcia Tagore, ressalta que o objetivo do evento é compartilhar o potencial da sociobioeconomia do Pará. “O Sigema surgiu da necessidade de dar visibilidade aos produtos e serviços de indicação geográfica e marcas coletivas dos nossos territórios paraenses, difundindo o conhecimento sobre a temática, para que a sociedade, de um modo geral, se apropriasse do conceito, além de compartilhar, tanto no estado, quanto no Brasil e mundo, a potencialidade da nossa sociobiodiversidade”, reforça.
Entre os produtos paraenses com Indicação Geográfica (IG), reconhecidos pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), estão: a amêndoa de cacau de Tomé-Açu; a farinha de Bragança, que compreende cinco municípios; o queijo do Marajó, que envolve sete municípios; o Waraná e o bastão de Waraná (guaraná) da Terra Indígena Andirá-Marau, situada nos estados do Pará e Amazonas. São mais de 20 produtos potenciais que foram demandados para a Sedap e Forúm, dentre eles estão em processo de reconhecimento de Indicação Geográfica, o cacau da Transamazônica, o cacau do Tuerê o mel do nordeste paraense, o açaí do Pará e a Marca Coletiva do cacau do Baixo Tocantins.
Indicação Geográfica do açaí do Pará - Em virtude da importância do produto em diversas esferas da cultura do estado, a Associação dos Produtores de Açaí da Amazônia - Amaçaí demonstrou interesse em estar à frente do processo de Indicação Geográfica do Açaí do Pará junto a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). A reunião ocorreu na sede da Sedap, no último dia 10, com o secretário de desenvolvimento agropecuário e da pesca, Giovanni Queiroz, a coordenadora do Fórum de IG e MC do Pará, Márcia Tagore, e Nazareno Alves, empresário e presidente da Amaçaí. As tratativas fazem parte do ciclo de planejamento do Programa Estadual de Incentivo às Indicações Geográficas e Marcas Coletivas.
Segundo o presidente da Amaçaí, Nazareno Alves, atualmente mais de 200 produtores da região amazônica fazem parte da Associação e atuam na cadeia produtiva do açaí de várzea e terra firme. “Compartilhamos conhecimento, técnicas, estratégias de produção e principalmente a experiência na cadeia do açaí, tendo como principal objetivo definir referências de boas práticas, ganho de competitividade da cadeia e mais orientação de negócio ao setor do açaí. O estado do Pará destaca-se na produção de açaí, possuindo como principais polos as regiões do Baixo Tocantins e do Marajó”, reforça.
Programa Estadual - Durante o II SIGEMA, será lançado o Programa Estadual de Incentivo às Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, uma iniciativa pioneira que visa apoiar os processos de reconhecimento dos territórios e seus produtos. A criação do programa foi iniciada na primeira gestão da Sedap 2019/2021 à frente do Fórum IG e MC.
O secretário da Sedap, Giovanni Queiroz, destaca o valor que o açaí tem junto a sociedade paraense. “O Pará produz 90% do açaí do Brasil, por isso, a Indicação Geográfica do produto é extremamente importante. Com o Seminário Internacional, vamos dar ao mundo a oportunidade de conhecer onde realmente se produz o açaí”, pontua.
O titular da Pasta destaca ainda a contribuição do evento para o setor. “O Seminário vai trazer especialistas de todo o mundo que poderão trocar experiências e conhecimento científico e tecnológico para aprimoramento e aproveitamento dos nossos produtos, além de nós podermos discutir o arranjo produtivo como um todo, como plantar, colher, comercializar. Isso é extremamente importante!”, ressalta Queiroz.
Serviço:II Sigema - Seminário Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas do Estado do Pará - Entrada FrancaPeríodo: 06, 07 e 08 de junhoLocal: nos espaços do Sesc Ver o Peso e Boulevard da Gastronomia, em Belém.
Comments